quinta-feira, 18 de abril de 2013

Ponte de Waterloo

 
 
 
Um dos filmes mais clichês que eu já vi e o que mais me surpreendeu. Essa semana na faculdade, assisti a esse romance. A história de amor sonhada por qualquer menina nos anos 40 – um amor de guerra. Roy um oficial do exercito encontra de forma inusitada o seu amor, Myra. Durante o bombardeio da cidade, eles se refugiam em um abrigo. Como não poderia ser diferente, os dois não param de pensar um no outro. Então! Roy lembra que sua querida estaria se apresentando no Balé e vai ao encontro.
Apaixonados os dois tem dois dias para se casar. Porém, Roy é chamado às presas para o combate. Deixando sua amada em maus bocados: sem dinheiro, sem emprego. Myra recebe a noticia que Roy faleceu. Desiludida toma uma medida drástica (não vou falar qual para não perder a graça do filme). Tempos depois no meio da estação Myra reencontra Roy.  Será que tudo volta ao normal???
 
 
 
Contexto Histórico: Primeira Guerra Mundial
Na moda: Final da Belle Époque e começo dos anos 20
 
 
 
A moda e a guerra não combinam. Um período cheio de restrições e sem cor. A primeira Guerra mundial ocorre entre 1914 e 1918, no final da Belle époque. A roupa feminina ainda era comprida e justa no tornozelo. Os chapéus diminuíram de tamanho e a saia dupla (saia comprida com uma espécie de túnica por cima) desapareceu. Em 1915, as saias começam a encurtar, deixando o tornozelo mais a frente, e com tempo passou a diminuir até chegar a mostrar metade da panturrilha.
 
 
Roy é o típico militar, roupas sóbrias, formais, sobretudo.
 
 
 
 
No começo do filme Myra usa tons mais escuros que Roy. Suas roupas acarretam um tom de virgindade, meiguice.
 

Vestido de festa: Leve, solto, tom claro... Me passa a imagem de uma menina doce, sonhadora encantada com o novo amor
 
 
 
 
 
 
 
Com o andar da carruagem, o figurino de Myra muda. Usa roupas mais sexys, o chapéu diminui de tamanho, uso de veludo, seda. O batom vermelho é essencial para essa nova mulher.
 
 


 
 

Extra:




Anos 40

 
O figurino, na minha opinião, não deixa de ser inverossímil ao contexto histório. Porém, eu percebi alguns aspectos dos anos 40.  
 
 
 

terça-feira, 16 de abril de 2013

Edith Head


 
 
  Não sou a única que concorda que está mulher é a maior figurinista de todos os tempos. Com apenas 35 indicações ao Oscar, 8 prémios e mais de 900 filmes, a norte américa é referência para os jovens que sonham com esse mundo. Seus óculos com lentes azuis mudaram o rumo da história. O preto e branco foi adaptado aos desejos dessa mulher.
 
“O que um figurinista faz é uma mistura entre mágica e camuflagem. Nós criamos a ilusão de transformar os atores em quem eles não são. Nós pedimos ao público para acreditar que cada vez que eles veem um artista na tela, ele se transformou em outra pessoa.”   
 
  Edith Head nasceu em 1897, estudou artes na universidade da Califórnia. Começou sua carreira como professora de francês. E em 1924, entrou para a Paramount de um jeito nada convencional. Trapaceou. Levou os croquis desenhados por outras pessoas para ter chance, já que não possuía experiência.
 
 
  Na Paramount aprendeu a desenhar, costurar a mão com ajuda do figurinista Howard Greer. Com a nomeação de Travis Baton para o lugar de Howard, Edith ganhou espaço com produções menores. Muito esperta Head não seguia as normas do estúdio, deixava que as atrizes opinassem nas roupas. O que ocasionou na preferencia em outros trabalhos a escolha da figurinista.  Em 1938 chegou ao posto mais alto do departamento.


 
 
 
 
 
  Em 1967, Head foi para Universal Pictures. Trabalhou com o diretor Alfred Hitchcook. A parceria rendeu bons frutos. Além de diversos figurinos que entraram para a história; inventaram o Call Board, uma espécie de story board específico para figurinistas.  
 
 
 
Curiosidade: Edith Head não era glamorosa. Usava preto e branco ou bege e marrom, adotava um visual que chamava de “matrona elegante”.
 
 

Croquis:

 






 

Ilustrações:

 
 
 
 

 
 
" Suas roupas devem ser justas o suficiente para revelar que você é mulher, e soltas o necessário para mostrar que é uma lady"


"Não tenha medo de repetir o look, é antigo pensar que você precisa de um vestido novo para cada festa. Moderno é saber mudar os acessórios"
 

 


 
 
 

 
 


 

sábado, 13 de abril de 2013

Barroco

 

A pérola deformada 

New Trend (2013) 



 
  O estilo Barroco (século XVI – XVIII) nasce com o fim do renascimento. Período marcado pelas contradições, pessimismos e o rebuscamento. Suas ideologias são fornecidas pela contrarreforma. Marcado pela angustia dos artistas por não poderem conciliar as antíteses da vida, gerou-se oposição entre a vida eterna em contraposição a vida terrena, entre o espirito e a carne.
 
"Termo que se conota o bizarro, a complicação ou estranheza, é utilizado para designar uma arte muito ornamentada, extravagante, sofisticada, com preciosismos"(AUMONT, Marie; p:31)
 
A arte Barroca deveria convencer, conquistar e impor admiração. O período ficou conhecido por conta do maior número de produções de igrejas, capelas, estátuas de santos, monumentos sepulcrais.


 


Na moda: 



 

  O rufo (na figura é essa grande gola) aos poucos vai abaixando e diminuindo de tamanho. Passa a ser rendada e dá lugar ao jabô (um babado de renda ou lenço preso ao peito ou ao pescoço)
 
 
 
Os sapatos tinham pequenos saltos e eram enfeitados com laços no peito do pé. Curiosidade: Luís XIV era baixo e por conta desse problema fez com que os sapatos masculinos fossem mais altos do que os femininos.
 
 
As roupas eram volumosas e pesadas. Os ombros, eram expostos, e as mangas eram bufantes e terminavam abaixo do cotovelo; as golas eram caídas com bordas de renda.
 
 
Roupa feminina era constituída por: Camiseta de linho; espartilho; corpete (formato V, decorado); manto; saia aberta no meio deixando exposta a anágua decorada com laços e fitas.
 
 (filme: Os Três Mosqueteiros)
Os cabelos eram repartidos ao meio e com cachos até os ombros.
 
 
Usavam o Fontage, uma espécie de chapéu estruturado com arame enfeitado com babado de gaze e rendas na vertical.
 
 
 Os homens passaram a usar roupas mais enfeitadas.

 
Os cabelos eram abaixo dos ombros com grandes cachos, rosto barbeado, mas com deixavam o bigode.
 
A roupa masculina era constituída por: casaco largo (decorado com bordados e fitas e era aberto); mangas dobradas, revelando a camisa ornamentada (punhos de renda largos e um colarinho com corrente); colete até o joelho; calça atingiam o joelho; meias de seda (normalmente brancas).
 
Curiosidade: Luís XIV começou a ficar careca e como um vaidoso adotou as perucas.
 


Filmes

 
 
Os três mosqueteiros

 

Os três mosqueteiros
 
 
 
 
 
 
 
 

Moda:

Barroco nos dias de hoje