The Portrait of a Lady

Recheado de amores, traições, sexo, sentimentos de liberdade, o filme Retrato de uma mulher (1996) é baseado na obra de Henry James. 

Conta à história de uma americana que busca o autoconhecimento. Isabel herda uma grande quantia em dinheiro. Porém essa herança atrai amizades infelizes. Sua amiga Madame Merle junto com Gilberto (colecionador de objetos de arte) elaboram um plano para seduzi-la e depois roubar sua fortuna. Após descobrir a traição de sua amiga com seu marido, seu único consolo é sua filha. Como em toda história cheia de clichês, um novo romance vem para abalar as estruturas da pobre mulher e tira-la. 

A figurinista, Janet Patterson, fez um ótimo trabalho retratando o período entre 1876 - 1879. Na era da moda equivale ao período da segunda fase da Era Vitoriana. Com a morte do Príncipe Albert, a rainha Vitória passou a vestir luto até o final de sua vida. As cores escureceram a tabela de cores da época

A silhueta e os chapéus reduziram de tamanho. As saias passaram a ser retas na frente e projetadas para trás.  (Confira também a história da crinolina) A saia ficou com forma de trombeta, ainda com muito volume na parte de trás e a forma adquirida junto com os espartilhos era a forma de ampulheta. As mangas eram justas e a parte de cima do corpo enfeitada com babados cobrindo o ombro. Estampas geométricas e listras.

Acessórios: leques, luvas de renda ou de tecido, sombrinhas, pequenas bolsas, cabelos repartidos ao meio e enfeitado com flores e laços. Jóias como pérolas, camafeus, broches e pedras. Nos pés sapatilhas com ou sem um pequeno salto e pra sair às ruas, bota

Vestido de noite de duas peças sobrepostas de lamê dourado com fios pretos e dourados. Corpete  longo com  linha em diagonal padronizada com fios de ouro. Duas fitas de cetim pretas longas decorado com lantejoulas pretas e ouro do centro da parte de trás do corpete. Saia reta de rede preta listrada verticalmente sobre lamê dourado com apliques de contas de fuga flores na bainha.

Desenho de produção: Janet Patterson

Fotografia: Stuart Dryburgh 

Direção de arte: Mark Raggett

Anna Karenina

 

Romance contado através das roupas

 

  Toda mulher sonha com uma história de amor que mude sua vida. Anna Karenina não fugiria a regra. Tolstói, o escritor do livro, quebrou os paradigmas de sua época. Chocou o público com um romance extraconjugal, que não acabaria igual aos contos de fadas. E coube a Joe Wright dirigir a adaptação.

  Com o orçamento reduzido – o que em minha opinião foi grande atributo – optaram por inovar a estética da produção. O teatro sendo atrelado com o caminhar da história dá um caráter mágico – que remete aos sonhos. Outro ponto forte do filme: são os figurinos de Jacqueline Durran.  

  Indicada ao Oscar mais uma vez, ganhou de forma justa o prémio de 2013. A figurinista ousou com modelos atemporais. A mistura do século XIX (Era Vitoriana) com os elementos da década de 50 e 70 deu um toque contemporâneo às imagens clássicas de 1870.  Inspirou-se em pinturas da época e nos vestidos de Dior, Balenciaga e Valentino. As joias da Maison Chanel, avaliadas em dois milhões de dólares, deixaram o figurino delicado e ao mesmo tempo chamativo.
 

Fotos do filme:

 

 

 Anna Karenina e Alexei Karenin

 

 

 

 

   <!--[endif]-->A cena do trem deixa sem folego o espectador que não espera ver a renda ornamentando o rosto de Karenina. Na era Vitoriana, os chapéus, as luvas tinham grande destaque. No invernos, as mantas e casacos possuíam diferentes peles, o que distinguia as classes. Porém, o que me chamou atenção foi às tonalidades (desde o cinza até roxo) e os materias utilizados.

 

 

 

  Como nenhuma mulher não resiste a um homem de farda, o amante de Karenina fica com esse papel. Ao longo da trama, Vronsky usa roupas militares. Usa capas longas e medianas com golas de pelo, metal nas roupas. - O cabelo loiro com a raiz preta dá um contraste que chama atenção; moderno para época).

 

 

Kitty é uma menina que está sendo introduzida à sociedade. Com vestidos muito suaves, em cores claras, passa a ideia de uma menina virgem e frágil

 

 

 O vestido mais famoso da literatura !! - Lindo

 

]

 

 

 

 

Tecidos distintos que se sobrepõe; o drapeado que dá volume e  dá nova forma;  são elementos que  o modernizam. O mais interessante é que as pessoas olham para ele e não deixam de associa-lo como uma vestimenta de época.

 

 

 

 

 

 

O vestuário de Anna Karenina muda ao se relacionar com Vronsky.  A tom vermelha reflete paixão, sedução: mostra a aceitação do novo romance

.

 

 

 

Joias Chanel - delicadas

 

 

 

Apareceram dois vestidos vermelhos para introduzir o amor entre os amantes e o termino dele.

 

 

 

Inspirações:

 

 

• Século XIX

Crinolina, sustenta as camadas de tecido

 



 

 

 

 

 

 

• Década de 50

 

(Dior 1950)

 

(Dior 1950) 

 

Vestido  drapeado, dando volume e nova forma

(Dior 1950)

 

 

Golas assimétricas

(Balenciaga 1950)