“Ser
ousado, ser diferente, ser impraticável, ser qualquer coisa que vá ao
encontro da visão imaginativa.”
Quando se fala de Cecil Beaton a imagem que vem a
cabeça é de um ícone de diversas áreas do design. Ficou conhecido no mundo
inteiro por suas obras. Símbolo da mais pura elegância e classe.
Beaton nasceu em 1904 em Hampstead (Londres) e morreu
em 1980. Quando criança ganhou sua primeira câmera: uma Kodak 3A, modelo popular.
Sua babá passou a ensinar-lhe a tirar fotos, revelar e ampliar os negativos.
Descobriu truques como, usar uma lâmina de vidro entre o negativo e o papel
para suavizar o resultado. Com o tempo ganhou
experiência e gosto por essa arte. O que o fez mandar suas fotos para a London
Society Magazine.
Ele dizia que seu interesse pela fotografia havia
começado quando tinha apenas três anos (1907). Encantou-se com os cartões
postais que retratavam atrizes da época, esse ambiente formal e artificial das
fotos o inspirou em suas obras posteriores. Aos onze anos começou a tirar fotos
de sua mãe e de suas irmãs. Para compor o cenário de suas fotos ele usava
lençóis e toalhas para criar trajes exóticos, espelhos e papel celofane para
obter efeitos luminosos.
Como um bom inglês, foi estudar em Cambridge. Cursou
história, artes, arquitetura, mas em nenhum dos cursos foi completo. A
universidade foi proveitosa para suas fotos com aspecto bucólico.
Em 1920, trabalhou na Bright Young Thing, um tabloid
voltado aos jovens aristocratas. Em 1924, a revista Vogue publicou uma foto da
Duquesa de Amalfi. Porém, a foto era de George Reynolds e Beaton tinha apenas
retocado o retrato. Em 1926, decidiu abrir seu estúdio de fotos depois do
sucesso de sua exposição com retratos de teatro e de pessoas da aristocracia.
Fotografia:
Beaton fotografou desde as grandes divas de Hollywood
até a Primeira Guerra Mundial. Adotou uma Rolleiflex para documentar os
conflitos (1939-1945) na Europa, África e Ásia. Quando voltou da guerra começou
a se especializar na criação de cenários, iluminação e figurinos tanto para o
teatro (Broadway) quanto para o cinema. Realizou mais de dez filmes e ganhou
dois Academy Award por Gigi (1958) e My
fair lady (1964)
Em 1942, A Rainha Elizabeth II, que na época ainda era
princesa, pousou pela primeira fez para o fotografo. Durante três décadas ela
foi fotografada em ocasiões importantes como, o dia da coroação. Teve a
oportunidade de retrata-la como rainha, mãe.
Seu estilo pessoal chamou atenção da editora de moda da
Vogue americana, Edna Chase. Beaton foi para os Estados Unidos aonde trabalhou
por mais de vinte anos na Vogue.
Além de fotografo, design de cenários, figurinista; ele
também escreveu livros como “Fotógrafos Britânicos” (1944) e “A imagem Mágica”
(1975). Beaton fez uma análise histórica da fotografia nos séculos XIX e XX.
Suas memórias ilustradas foram publicadas com o nome “Os diários de Cecil
Beaton”.
As
frases de Cecil Beaton dizem muito sobre seu trabalho
“As harmonias e dissonâncias de forma e cor são tão
importantes para um filme, especialmente um filme musical, como na orquestração
dos instrumentos para o compositor sinfônico”
- Cecil Beaton
“It makes a great
deal of difference to the mood of an actress; the color she wears colors her
performance. The grays, the dark green, burgundy are somber colors. White and
pale blues, such as you see in religious painting, the color of virginity, of
purity and of peace. Pink, more than any other, is the color of frivolity”-
Cecil Beaton